segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

A TV e a digital em minha carteira

Que beleza! A TV digital chega a Salvador! E para que fiquemos todos com cara de conteúdo na frente da telinha, teremos que coçar o bolso. E coçar forte, com pedra pome.

Ora, ora, ora, se não é a TV digital? Olha, prometo que não vou falar aqui de "tecnoramas", coisas tecnológicas que eu e muito possivelmente você não entendemos. Vamos apenas nos ater aos fatos que nos competem. Caro, hoje é dia de comemorar o nascimento de mais um ilustre baiano. O sinal da TV digital começa a ser transmitido aqui em SSA!

Bem, enquanto em São Paulo já se transmite desde Dezembro do ano passado, só agora a tecnologia mais inovadora dos últimos tempos (referente a tecnologia midiática) aterrissa em nosso solo. Mas isso não é o mais importante.

Você sabe que é preciso ter um conversor para captar o sinal digital para a sua velha televisão a lenha, não é? Sabe quanto custa um desses, para que você consiga ao menos ter uma qualidade de DVD em seu aparelho? Pelo menos 500 reais! Fato concreto, 500 contos de real, o preço de um televisor 29''.

É, caro. Se você quer TV digital em sua residência, vai ter que desembolsar o preço de uma TV novinha. E se quiser mesmo uma nova já com a tecnologia embutida, vai ter que pagar caro também. Você levará além do conversor uma TV de plasma, LCDefghij... inteiramente de graça! Vai sonhando...

Eu imagino o "seu Nestor" que tem suas duas TVs em casa, será impedido ou compelido pelo raciocíno ilógico do consumo, a comprar o conversor, ou até mesmo o televisor novo. É ruim, viu!

Até que se pratiquem os preços de 200 reais, custo divulgado pelo governo federal para cada conversor simples, teremos que gastar muita pedra pome pra coçar nossos bolsos. Enquanto isso, vou colocando a esponja de aço - vulgo Bombril - mesmo (rsrsrsrs).

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sindicalizados

CRIATIVO, UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO!
CRIATIVO, UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO!

Sim, sim, povo que me assimila! Estamos sindicalizados. Eu sou um pequeno aspirante a publicitário e já estou fazendo parte do Sindicato. O próximo passo é conversar com as lideranças, dialogar com o patronato e fazer valer os nossos direitos! Vamos dar as mãos, companheiros!

Não, não. Eu não estou com a língua presa, não sou o Lula do futuro, não. Só que os frutos daqueles trabalhos mencionados no último post estão brotando e amadurecendo. Querem um pedaço? Então leiam aí no próximo parágrafo.

O III Prêmio All-Type, concurso de criação publicitária cuja comunicação foi feita por nossa equipe, ganhou notoriedade essa semana. Saiu na coluna do Cadena, no site do SINAPRO/BA (Sindicato das Agências de Propaganda-Bahia). E antes que me perguntem, Nelson Cadena é um renomado profissional da Publicidade e Jornalismo baianos.

Além da coluna no site do sindicato local, Cadena escreve na Revista Propaganda, na Propmark, no Correio da Bahia, no Jornal da Metrópole, no Portal da Revista Imprensa e no blog www.almanaquedacomunicacao.com.br/blog.

"Apresentado" os "companheiro" de sindicato, vamos ao link da coisa motivadora deste post.


A menção ao nosso concurso é simples, porém enfática. Estamos sindicalizados sim. Como feito pelos metalúgicos nos idos de 80, vamos romper com qualquer tipo de ditadura do mercado publicitário. Vamos penetrar no sistema criativo com as nossas idéias. Companheiros e companheiras, que levante a mão quem está comigo!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Volta, Arlindo Orlando! Volta!

Longe de casa... há mais de uma semana. Milhas e milhas distante do meu amor. É pessoal, faz um tempinho que eu não apareço por aqui. Perdoem-me novamente por mais esta falta, mas é que o motivo foi um tanto quanto importante (já to craque em me desculpar...). Vejamos.

Há uns posts atrás falei de um concurso (minha campanha) do qual participaria. Não sei se falei também, mas fui convidado a integrar um grupo de criação da minha faculdade, a Agenda Break_sms. Eis o motivo. Já de cara fomos trabalhar na produção de três campanhas em simultâneo, num espaço de duas semanas.

As tais campanhas eram de três eventos internos do curso de Publicidade e Propaganda de lá, intitulados: Semana de Comunicação, V Job de Redação Publicitária e III Prêmio All-Type.


Participaram comigo deste intento criativo os amigos José Neto e Leo Maciel. Vejam neste link os louros do nosso trabalho e vejam também que não fiquei ausente à toa! Ainda estamos a muitos passos do paraíso publicitário, mas já começamos a voar.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Agora sim! Ou melhor, agora talvez...

É tão difícil assim fazer a coisa certa? E como. Fazer a coisa do jeito que ela deveria ser feita, principalmente em Publicidade, não é tão fácil assim. Mas finalmente, Deus ouviu minhas preces.

A Brahma, sabe? Daquele post nosso, sobre aquela coisa de canudinho? Então, agora ela fez um golaço. Bem, foi um gol pelo menos bonito.

A agência África (dona da conta) lançou uma outra campanha para os 120 anos da cerveja. Latinhas comemorativas! Sim, sim, latinhas de “época”, pra ser mais preciso. Calma, eu explico.

Para comemorar seus 120 anos de história com uma jogada de marketing antiga, mas que dá certo, a Brahma lança 11 latinhas (além da atual) com rótulos que remetem ou imitam as antigas garrafas da cerveja do longo de sua história. Não é nenhuma novidade essa estratégia, mas pelo menos não é chupada, né?



E o vídeo é bem divertido também. Trás a questão da evolução da raça, aquela musiquinha do filme “2001 – Uma Odisséia no espaço”, cantada por um monte de amigos “felizes” num típico churascão de domingo. Mas, mais uma vez, nada de novo.

Enfim, é como falou o Nizan em sua pequena disputa com Fernandez da FNASCA (em pleno Maximídia). Disse que em tempos de crise é melhor fazer o feijão com arroz do que se arriscar com o novo. Ele cumpriu o que falou com essa campanha feita por sua agência. Resta saber se ele está certo mesmo. Pelo menos deu adeus ao canudinho.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

"FUCing"

Aula criativa de inglês avançado:

FUC me! FUC me, now! Everybody, everywhere, FUC!

Tradução literal: Eu to no Festival Universitário de Comunicação!

Olha, pessoal. De repente me dei conta de que hoje já é terça-feira e ainda não tinha escrito nada de novo para entreter vossas senhorias. Daí me dei conta de que o motivo dessa falta era mais óbvio do que comer casquinha de sorvete.

O motivo é que eu to atarefado pra chuchu (chuchuvis para os maliciosos). Então pensei: vou escrever sobre esse monte de tarefas absurdas em que me encontro. Se preparem para as lamentações.

Fora as habituais tarefas de classe, fora a cansativa carga horária de trabalho, fora o meu saco repletíssimo, eu resolvi entrar num outro embate contra os meus limites. Eu entrei no FUC. Mas como assim, simplesmente FUC? Não é tão simples assim.

O FUC (Festival Universitário de Comunicação) nada mais é do que um concurso de criação publicitária. Mas não é mais um concurso. Eis os diferencias:

Além de ser uma competição nacional, temos as regras do jogo que diferem um pouco dos concursos tradicionais. Não há briefing. Não temos limitações, como objetivos de campanha ou obrigatoriedades exigidas pelos clientes. Temos apenas categorias e meios de comunicação. Desamarraram nossas asas!

E os prêmios também são um fato. Estágio de um mês na W/Brasil, uma passagem para o Festival de Cannes... com entrada, bem como a estadia durante o evento. Existe um prêmio especial para um ganhador especial. O diretor de criação, aquele que elaborou a melhor campanha abrangendo todos os meios numa determinada categoria, levará para casa um Imac. E tem mais coisa dentro do FUC.

Eu to dentro dele com uma campanha para um motel. Infelizmente não posso exibir as peças aqui por conta de uma exigência de exclusividade do regulamento. Mas garanto que to no páreo, candidato a ser o THE BIG FUC. And i´ll be!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Um minutinho, por favor

...

Espera mais um pouco...

...

Faltam dez segundos...

Pronto, agora sim. Um minuto parece pouco, né? É pouco pra quem não sabe o que fazer. Parece muito pra quem está ansioso pra ler um texto em um blog. Mas será que dá pra explicar em um minuto o que é ser nordestino?

Confusa essa introdução. Mas em um minuto você entende. A Oi lançou recentemente um projeto inusitado e ao mesmo tempo inspirador. É o Festival do Minuto. É simples, direto, e extremamente inovador.

O festival consiste em premiar os melhores vídeos produzidos a partir de qualquer equipamento e construídos baseando-se num tema sugerido pela organização. Os vídeos, como já comentado, devem ter no máximo um minuto e até 100 megabytes, dentre outras especificações contidas no regulamento.

Bem, o mais importante a salientar é que... poxa, genial! A promoção da expressão criativa mais genuína, ou seja, sem penduricalhos tecnológicos ou aparatos que desviem a atenção do que realmente importa: a idéia original.

E pra empresa promotora é sensacional. Quer maior recall do que fazer seus clientes efetivos e potenciais interagirem com a marca, mesmo que indiretamente (sem ser proposto no tema do concurso)? É “uma puta sacada II, a missão”.

E tem as premiações também que não são de se jogar fora (não mesmo). Para esta categoria em específico, Ser nordestino, o concurso premia os três mais criativos com mil reais cada, e o criativo “cabra arretado” com R$3.000,00.

Olha só quem já ta na rinha:



Portanto faça um minuto ser eterno (poético, não?). Principalmente você, baiano que me lê agora. Signifique-nos na brevidade do minuto, mas com a criatividade que nos é peculiar (dá-lhe, Exclamador!).

As inscrições vão até 15 de novembro. Então, como dizemos por aqui, jogue duro! Agora faz logo, que um minuto passa rápido.

3, 2, 1...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Bota o canudinho na boca...

Estádio lotado, casa cheia. A torcida se agita pra ver o espetáculo em campo. Todo mundo ansioso pra ver novos lances, que darão graça ao show de bola que se seguirá. Mas pera aí! O povo entrou em campo pra ver um jogo repetido? Como é que pode?

Espantoso, mas o que vou dizer a seguir é verdade. Todo mundo está vendo a campanha da Brahma para os seus 120 anos de história, não? Aquele cenário que eu descrevi ali em cima, os garçons, as líderes de torcida, tudo muito bonito e pomposo.

Então vem aquele mundo de gente reunido formando a imagem de uma cerveja. Lindo, né? É lindo, mas é chupada (pra saber o que é uma chupada). A gente nem toma cerveja de canudo! Não é que uma marca de cerveja já havia usado essa idéia? Será que o pessoal da AmBev sabia disso? Sei não...

A marca que teve a idéia sugada é a Budweiser. Na montagem do vídeo a idéia é a mesma: Um monte de pessoas que reunidas formam a imagem de uma cerveja e a de um copo. No jogo de placas que se levantam, viram e abaixam, o povo faz a tampinha da garrafa se abrir e o copo vazio se encher do líquido sagrado.

Disto evoluem para generosos goles da cerveja já no copo, usando o mesmo mecanismo. Por fim aquele famoso e sonoro “ahhh”, tradicional em qualquer língua ou país. Como diria o título de um blog: uma puta sacada (com o perdão do palavreado chulo).

Vejam o vídeo da Bud e comprovem o que digo. Poxa, comemorar 120 anos com chupada é demais. Será que eu vou ter que tomar a minha cerveja de canudo? Deixa esse negócio de colocar o canudinho na boca pra aquela cantora famosa. Eu, hein!


terça-feira, 7 de outubro de 2008

Vida longa ao rei!

É tão fácil fazer a coisa correta. Ainda mais se você tem o estigma da majestade. Quando se governa algo, quando se tem o poder nas mãos, é preciso sabedoria para empregá-lo com perspicácia, honestidade e honradez.

Maquiavel já disse em seus escritos (O Príncipe) que é mais fácil para um rei governar sendo temido do que sendo amado. Eu ainda não tenho base teórica pra discordar, mas julgo ser mais fácil governar sendo respeitado. Quando se inspira a imagem de um bom líder, bom no sentido amplo da palavra há a facilitação das portas do seu reino. Não pela força, mas sim pela admiração e pelo respeito.

Olhe só, essa introdução bonita e pomposa foi pra falar de uma ação beneficente lançada por esses tempos, de uma figura um tanto controversa. Sim, majestade sim. O melhor do século em seus domínios. Dizem até que ele sofre de um distúrbio de personalidade por seu brilhantismo na vida profissional em detrimento do fracasso em algumas coisas da vida pessoal.

Tô falando do Pelé, minha gente. E sem mais delongas, a ação comentada é essa aqui:



O nome da campanha é “gols pela vida”. Consiste em criar uma medalha comemorativa para cada gol que o rei do futebol marcou em sua carreira. Toda a renda com as vendas das medalhas será revestida para o Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe.

Sobre a campanha: Muito boa. Digna de um rei, mesmo. Começa com o ex-goleiro da Inglaterra na copa de 70, Gordon Banks, falando sobre aquela que foi considerada a maior defesa de todas as copas, uma cabeçada quase fatal desferida por Pelé. Daí ele vem e fala: “Se eu soubesse a importância daquele gol, eu não teria defendido aquela bola. Me desculpe, Pelé”. Olha que apelo emocional fulminante! Sublime.

Sobre a idoneidade da coisa toda eu não sei. Mas o que eu sei é que se o Edson e o Pelé sempre seguissem a linha do rei que é respeitado por suas ações positivas, talvez os dois não sentissem vergonha de ser uma pessoa só.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Aspiras preparai!

Não se preocupe. Você não vai precisar usar o Page Down mais de duas vezes para terminar de ler esse texto. Até porque, convenhamos, um texto pra internet escrito por um jovem (e pretensioso) aspirante a publicitário não deve conter mais do que duas laudas. Ainda mais com este título aí. O fato é que hoje resolvi escrever sobre minhas impressões acerca deste mundo cão, o da publicidade baiana, para um jovem aspirante a publicitário como eu e, possivelmente, você.

Eu já curso o 6º semestre e pasme, ainda não consegui estágio. Falo de estágio de verdade, daqueles em agência, com exploração até... mas estágio. Na verdade, já tive várias propostas, mas nada em minha área, a minha preciosa, a criação. Ora, se você quiser considerar o cargo de Operador de Telemarketing algo digno de pessoas sensatas como nós, está no seu direito. Mas eu não considero. Rejeitei todos que apareceram na minha frente para me transformar em secretária eletrônica, com surdes crônica em algum dos ouvidos.

É desumano. E ainda por cima me vêm com aquelas dinâmicas de grupo irracionais, sem sentido prático, esperando que nós déssemos a exata resposta gravada no script deles. Chega a ser engraçado. E dão uma importância tão grande a esse processo que você realmente sente que está fazendo parte de um feito histórico, de suma importância para a humanidade.

Veja se eu não estou certo: Qual dessas pessoas você contrataria para trabalhar em sua empresa? a) um sociopata; b) um toxicômano; c) uma pessoa preguiçosa; d) uma pessoa fofoqueira... E a resposta! Todos, porque em qualquer empresa são encontrados indivíduos com essas características.

Eu sei, eu também soltei este mesmo palavrão que você agora, enquanto estou escrevendo. Mas não é pra menos. Isso foi um fato real, numa de minhas aventuras insólitas no mundo estranho das dinâmicas de grupo. Eu não agüento com isso. E como se não bastasse, querem fazer do estagiário um funcionário mal remunerado.

Ou seja, seriam oito horas de trabalho, cobranças e atribuições semelhantes ou idênticas as de um efetivo (com direito a carão do patrão e tudo), trabalho segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e feriados, além das extras a base de pizza (estou sendo otimista) e cafezinho. Pareço enfático demais? Talvez seja mesmo, mas agora só estou me atendo à verdade dos fatos, que todo mundo vê e não observa. A partir de agora enxergue tudo como eu ou continue com os seus olhos bem fechados.

Ora, meu caro aspirante a publicitário no primeiro semestre. Como seu igual, já no sexto, sinto que tenho embasamento por experiência própria para te dar um pequeno conselho. Na verdade mesmo, tenho apenas três coisas a te dizer sobre isso tudo que é o nosso maravilhoso mundinho: Ou você desiste agora, ou se prepara para tempos nebulosos e encara tudo com sangue nos olhos, ou então vira um otimista como aqueles lá de cima e vai descobrir a pólvora nas divertidas sessões de RH. No final a escolha será sempre sua.

Aqui está um manual do estagiário escrito e postado por Eugênio Mohallem no site do clube de criação de São Paulo. É um passo a passo divertido e fácil de ler e esclarecedor. Leiam e se preparem para o melhor.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Caso verdade: Comunidade Lei Maria da Penha

Toda mulher merece tomar porrada. É isso mesmo, toda mulher tem que apanhar pra aprender a se comportar. E se não aprender, apanha até o marido, namorado, amasiado enjoar de bater. Eu, violento? Mas se elas gostam disso?! A gente faz assim e fica tudo atrás, pedindo mais. Bato mesmo até cair os dentes. E ai dela se reclamar!

Nossa, sai espírito ruim! Já passou meninas, não se assustem não. Eu não virei um monstro, não me tornei um covarde valentão. Eu comecei o nosso papo desse jeito pra entrar num assunto que merece a atenção de todos. É a violência contra a mulher.

Lendo o Atarde de segunda-feira (22), me deparei com uma matéria no mínimo instigante. O Orkut, site de relacionamento mais popular no Brasil, excluiu de forma misteriosa uma comunidade sobre a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340, de 7 de Agosto de 2006). Pra quem ainda não conhece, a lei garante à mulher de qualquer classe, credo, etnia, faixa etária... o direito de viver sem violência.

Então, a comunidade mantinha um papel de acesso a acontecimentos referentes a esse assunto, mantinha seus membros informados sobre a atuação da lei para controle de ações que a infringissem (e olha que eram mais de seis mil membros), dentre outros fatos relacionados. Mantinha uma linha de prestação de serviço à comunidade, mais uma via de nos manter informados. Daí vem o Orkut e diz: “Não, isso aí não pode...” Estranho, não?

Eu já sofri na pele os efeitos dessa estranheza. Nossa comunidade já sofreu boicotes dos organizadores, que retiravam o link para o blog. Além de retirar o link, postavam a descrição do blog toda em letras minúsculas! Eu pirava toda vez que isso acontecia, mas sempre que percebia a intervenção do Sr. Orkut eu colocava lá o link de novo. Acho que o venci pelo cansaço.

Os representantes do Orkut no Brasil alegam que no contrato de uso há uma sinalização para a legalidade da exclusão ou “edição” de qualquer perfil ou comunidade de acordo com o arbítrio de seus organizadores. Ainda assim, alegam que qualquer comunidade com teor político é também passiva de exclusão.

Confesso que não freqüentava a comunidade excluída. Mas uma coisa eu garanto: eu não defendo nenhuma bandeira política e acho que o benefício que uma comunidade como essa traz ao usuário do Orkut é algo a ser ressaltado e considerado antes da decisão de exclusão.

Pensem nisso e fiquem atentos (atentas, principalmente) sobre o que se passa. O que não pode mesmo é homem batendo em mulher e ninguém pra bater no homem (quando falo “bater no homem” entenda punir, prender... ou dar porrada, mesmo).

terça-feira, 16 de setembro de 2008

O primeiro a gente nunca esquece

Quem aqui nunca usou essa frase pra algum assunto que queria significar? Quem nunca se utilizou do bordão pra começar alguma apresentação, alguma estréia, algo relevante, que te marcaria de alguma forma? Pois é, alguns até pensam que isso é dizer popular daqueles nascidos numa época longínqua, falada por nossos avós a muito, muito tempo atrás. Não é não, viu gente. É culpa da Publicidade.

E é obra de um publicitário em específico. Washington Olivetto, dono e fundador da agência W/Brasil, uma das mais premiadas do país. Então, nos idos de 1987 Olivetto produzia e veiculava a campanha que seria a mais premiada daquele ano e mais lembrada nos anos seguintes. Era o vídeo comercial dos sutiãs Valisère. Muitos de vocês quem me lêem agora não lembram nem sequer ouviram falar dessa marca aí. Observem.

O vídeo consistia no seguinte: Dois personagens. Uma garota de seus 12 anos de idade e o sutiã Valisère. O conflito em questão era o desenvolvimento de uma criança que descobre já ser mulher. Daí a necessidade de expressar essa feminilidade. Associar o sutiã a esse sentimento e com a sutileza com que foi feito é inquestionável. E pra finalizar, a frase que passou a fazer parte da cultura oral do brasileiro: O primeiro Valisère a gente nunca esquece. Sensacional.

Mas me perguntem aí o porquê dessas reminiscências, desse saudosismo, dessa nostalgia toda. Ora, porque vale a pena e pronto.

Essa resposta seria suficiente, porque vale a pena mesmo. Mas a verdade é mais honrosa. Washington Olivetto lançou o livro “O primeiro a gente nunca esquece”, da Editora Planeta, 2008. O livro conta os bastidores da campanha ganhadora do Cannes do ano e de vários (quase todos) outros prêmios nacionais e internacionais de criação publicitária.

Nele conta curiosidades como a quase contratação da apresentadora Eliana (com 14 anos na época) e a contratação de Patrícia Luchesi de apenas 11 anos; do fato de ser a primeira vez que um comercial era exibido com 90 segundos, durante todo o intervalo do Jornal Nacional da Rede Globo. Uma lista com mais de 80 artigos e citações de sua frase eternizada na memória do povo.

Bem, pela importância da obra publicitária, vale à pena conferir a obra literária. E vale a pena também dar uma conferida pra quem nunca viu, e uma relembrada pra quem já se encantou com essa propaganda. Porque afinal, o primeiro a gente nunca esquece (tinha que finalizar desse jeito).

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Obrigado por guiar

Vamos falar de Publicidade um pouco de novo. Há pouco falei de uma ação chamada Dia do sexo. Legal, disse que foi uma das coisas mais surpreendentes que já vi no ano junto com as propagandas dos macacos. E de fato são mesmo. Porém hoje vim tocar num assunto que mexe e mexerá com cada um de nós mais efetivamente num futuro não muito distante, se assim permitirmos.

Os Postos Ipiranga lançaram no ano passado uma campanha de combate à emissão de gazes poluentes na atmosfera. “Mas como?”, perguntaria você. É, uma empresa que se ocupa justamente da exploração desse consumo, o que gera esse efeito poluidor, fazendo campanha contra si, no grosso modo de pensar.

Ora, de uma forma muito simples e eficaz. A idéia não é nova, mas como no caso do Dia do sexo, a associação desta ação a uma empresa exploradora de recursos potencialmente danosos ao meio ambiente é sensacional.

A Ipiranga promove o uso do Cartão - Ipiranga com o seguinte: a cada litro abastecido nos seus postos pago com o cartão, uma muda de arvore será plantada pela empresa. Nessa lógica o dióxido de carbono lançado pelo consumo de gasolina, diesel e álcool será absorvido por cada plantinha semeada e cultivada.

Olha o impacto disso. Se justifica o consumo pela contrapartida do replantio de mata nativa. Desse jeito o consumidor do século XXI, que coloca como ponto de comparação de produtos a responsabilidade social, não se sentirá culpado ao consumir a gasolina Ipiranga. Muito pelo contrário. O estímulo da coisa é o broto plantado na mente do consumidor.

É como disse Nick Naylor em Obrigado por Fumar (Thank you for smoking, 2005 EUA) “(...) Não queremos um adolescente morrendo por fumar cigarros, seria péssimo para nossa imagem...”. Na ocasião o personagem Nick, um lobista da indústria do tabaco, participava de um debate com representantes da sociedade e autoridades sobre o grau de nocividade que o tabagismo infanto-juvenil representava. Um garoto curado de um câncer estava presente.

Então foi sugerida por Naylor a criação de uma campanha de 50 milhões de dólares para combater o uso de tabaco por menores de 18 anos e completou: “Se pensarem bem, ele é nosso cliente em potencial. As indústrias de tabaco não lucrariam nada com ele morto. Nosso objetivo é mantê-lo vivo e fumando.”

E aí? A lógica é a mesma ou forcei a barra? Bem, o fato é que eu gostei dos dois. Da ação da Ipiranga e de Nick Naylor.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Um caso de língua II - porque de língua é mais gostoso

Há pouco tempo atrás escrevi sobre uma peça de teatro que assisti. O nome como já perceberam, está no título do texto. Mas eu falo de novo: Um caso de língua, com Urias Lima atuando e Carmem Peternostro dirigindo. A peça é fantástica e recomendo mais uma vez. Porém não vim aqui só para recomendar.

Tive acesso através de uma amiga a uma parte sublime do texto (a melhor pra mim) da peça. É uma redação feita por uma aluna do curso de Letras da Universidade Federal de Pernambuco, vencedora de um concurso interno. Vou compartilhar com vocês aqui pra sentirem mais ou menos como é que a coisa funciona lá no palco. Um pouco extenso, mas vale muito a pena!

“Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.

Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.

Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.

Pausa para um beijo de língua... fim de pausa, countinuem a leitura.

Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.

Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.”.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Como eu sou benevolente!

Oi, gente. Olha, hoje vou abrir um espaço para reclamações aqui no Exclamador. Podem falar o que acham, zoar o blog todo, mas antes de fazê-lo, terão que pedir permissão a mim primeiro. É isso mesmo, pra protestar aqui tem que pedir ao dono do negócio. E se reclamarem demais caso não obtenham uma concessão para protestar, serão condenados a trabalhos forçados! Vão ficar de sentinela no blog dia e noite pra ver quantos acessos nós temos e o tempo de duração de cada visitante. E tenho dito!

Calma, gente! Eu não pirei, não fiquei tantã ou incorporei o espírito de Mao. Esse falso anúncio no parágrafo cabeça desse texto é só uma alusão a outro fato estarrecedor que aconteceu durante as olimpíadas na terra do imperador. Reparem a coisa toda.

Ainda não é o fato estarrecedor, mas vamos lá. O governo da China criou durante os jogos olímpicos espaços pra protestantes. Ou seja, ali a baderna (com ordem) pode acontecer. Só que antes de levantar as faixas e azeitar as gargantas para os gritos de guerra, tem que pedir permissão ao governo chinês. Quer dizer, eu vou denunciar você, mas antes tenho que te pedir pra fazer a denúncia. Tinha que ser um negócio da China.

Pois bem, dizem que a cultura oriental valoriza a sabedoria do idoso. No Japão existe até uma lei que obriga um dos filhos a cuidar dos pais até a morte deles. Pois, vejam o que houve. Duas idosas DA CHINA perderam suas casas para a realização de obras das Olimpíadas e não foram ressarcidas pelo governo. Foram então pedir para fazerem uso de um dos “protestódromos” e foram barradas. E mais, foram alertadas que se continuassem com a lamúria seriam condenadas a trabalhos forçados!

Pronto, ta aí onde eu queria chegar. Duas idosas “quebrando pedras” porque perderam seus lares! Nossa, que vergonha. Não to querendo dar uma de americano, mas a falta de direitos humanos nesse caso foi como um soco no estômago. Um soco no estômago dado pelo Mike Tison, imaginem vocês...

Mudei, está claro?

Bem, a vida às vezes toma rumos esquisitos, não acham? A gente corre pra um lado, se volta para o outro e termina por escolher um caminho totalmente diferente do planejado. Cansados dessa filosofia de esquina, né? É que estou dando um tempinho pra falar uma coisa... esperem mais um pouco... agora vai: mudei a cara do Exclamador! (como se vocês já não tivessem percebido...).

Finalmente percebi por A mais B, mais C, D, E, F... que o layout do nosso querido bloguinho (bloguinho não, blogão!) estava todo errado.

O primeiro item errado é simples e estava na minha cara o tempo todo. Como um blog que dispõe basicamente textos para o visitante tem um background todo preto? Esquisito, não? Isso dificulta a leitura e como diz o outro, cansa as vistas. Agora nosso espaço está todo branquinho. Claro que meu parco conhecimento em Photoshop, Corel e afins não me deixa ir além do que se apresenta, mas que ficou lindo ficou.

Dei uma repaginada em alguns elementos também, ou seja, está quase tudo novinho em folha para nosso deleite. Bem, outro fato significativo é que em breve estarei transformando o nosso espacinho no Orkut em um amplificador das nossas idéias discutidas aqui. Em breve teremos muito mais interatividade do que temos hoje, não só com o Exclamador que vos fala, mas também com os integrantes do nosso seleto grupo.

Não, nem adianta perguntar como, não falo mais nenhuma palavra sobre isso.

No mais, aproveitem a nossa nova sala de visitas. Fiquem à vontade e discutam sobre o que quiserem. Opa, ainda não chegou a hora de interagir desse jeito (ô, boca grande)!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Por que amamos tanto a Lapa?

Ninguém tem seu encanto, ninguém eu gosto tanto, ninguém... Diga que você também não gosta! Quero é prova. É, gente. Larguei logo no título o tema dessa nossa conversa de sempre. E por que isso? Bem, passo grande parte de meus horários de translado naquele lugar, e isso desde quando ainda estudava no CESB (Colégio Estadual Senhor do Bonfim). Volta e meia ouço comentários nem um pouco amistosos a respeito da maior estação de transporte rodoviário de Salvador. Daí me perguntei: por que será?

A estação é atualmente administrada pela STP (Superintendência de Transporte Público). Agora eu mesmo ri da minha frase. E quem mais sabe da motivação desse riso do que eu que freqüento tanto aquele lugar? Tanto que já até a apelidei de “Lapa de lixo”. É uma imundice só. Conheço todos os ratos e baratas pelo nome, e olha que não são poucos. Todas as noites nós nos encontramos durante a minha interminável espera de vinte minutos para a minha volta ao lar. É esquisito o local. E tem umas meninas que ficam chamando os incautos pra tirar foto agora. Quem, mesmo incauto, em sã consciência posaria pra alguma foto na Estação da Lapa?

Cerca de 460 mil pessoas circulam diariamente na Lapa. Imaginem, quase meio milhão de pessoas em cima daquela laje mal feita. Mal feita e desgastada! Mal feita, desgastada e mal cheirosa! Mal feita, desgastada... vamos parar por aqui. Vocês já andaram pelo andar subterrâneo? Olharam pra cima, pro teto? Façam a experiência analisem se é seguro cerca de meio milhão de pessoas andarem em cima de sua cabeça. Ta bom, digamos que 60% desse total ande na parte de cima, ainda assim seriam 345.000 pessoas! E quando o metrô ficar pronto (só Deus sabe quando), ainda teremos mais alguns coitados reféns da Lapa. Vocês pagariam pra ver? Eu não.

Ainda falando do quesito segurança, já viram uma iluminação que escurece? Pois é. A iluminação da Lapa não ilumina ninguém. Pelo contrário, nos deixa expostos ao perigo de sermos assaltados a qualquer momento durante a noite. Sem contar que já de dia os assaltantes estão batendo ponto! Deveriam criar um rodízio de pivetes, assim poderíamos compartilhar nossos bens com um número maior de criminosos. Deus meu.

Mas gente, até que eu já me resignei. Passar mais de oito anos de sua vida nessa rotina desgastante de usuário do serviço público é duro. Por enquanto tenho que me conformar. Vou vendo meus amigos ratos e baratas todas as noites, no mesmo “bat-horário”. Opa, esse outro bicho não é do nosso cine trash. Acho que em Gothan City não existe um lugar como a Estação da Lapa. Se existisse, queria ver se o batman daria conta. Só batendo na mãe!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Três coisinhas


Mãe é mãe, né?


A gente observa por aí a fora a volta de ex-astros do cinema comercial de ação norte-americano como Bruce Willys em Duro de Matar 4.0, Silvester Stalone em Rocky e Rambo IV, antes tivemos a volta do “governator” da Califórnia em Externinador do Futuro III. É engraçado ver aqueles coroinhas correndo atrás dos bandidos e chegando à frente de meninos de seus vinte e poucos anos.


Então, depois de quatro anos de espera temos uma volta também pelas nossas bandas, volta essa que não deixa de ser nem um pouco menos cinematográfica que as outras a cima citadas. Meus caros vos reapresento Mamãe.


Mamãe? Ora, puxem pela memória. Lembram daquela velhinha que se candidatou a vereadora de Salvador nas eleições passadas? Sim! Aquela que distribuiu milhares de máscaras pela cidade estampadas com seu rosto envelhecido, esperando cativar o eleitorado sem nenhuma proposta concreta, mas apenas com seu carisma e seu jeito de boazinha.


Bem, agora ela volta aos campos eleitorais, só que em Feira de Santana, sendo apontada como a mais velha candidata a um cargo eletivo em 2008 com 104 anos. Anos atrás na sua primeira tentativa o pessoal da sala deu uma utilidade à máscara de Mamãe, colocando-a num buraco que tinha na parede (alguns chamaram de cova...). Quem é daquela época se lembra bem, ela não conseguiu se eleger, mas ganhou a simpatia da classe ao resolver um problema que a Faculdade ignorava. Foi a primeira intervenção de Mamãe na comunidade soteropolitana!


Nessas eleições só não faremos isso de novo porque ela está em Feira de Santana e ainda não sabemos se distribuirá as máscaras novamente. Porém sem contar a idade (se é realmente possível) só por sua perseverança ela merece a nossa consideração. Mas feirenses, pensem antes de votar na Mamãe!


Os diversos usos da internet


Inclusão digital. Essa expressão é a que está em voga hoje no nosso mundo. Com seu sentido prático, cada cidadão terá o direito ao acesso gratuito à informação que a internet garante. Porém essa democratização entra por caminhos às vezes escusos. Pelo menos pra alguém que tem um passado que fala pelo seu futuro. Como assim? Observem.


Não querendo entrar somente na seara eleitoral, mas sabem aquele deputado neto daquele falecido senador baiano cuja fama se alastrou ainda mais com o impulso de um caso de escutas telefônicas ilegais? ACM Neto, vulgo Grampinho, está sofrendo na pele a face negra da inclusão digital. Não é que algum adversário político resolveu fazer um site ridicularizando o pobre rapaz por causa do seu apelido, “grampinho”!


Mas o pior de tudo é que se utilizaram de um clássico dos jogos dos anos 80, o Space Invaders, pra fazer a pilhéria. Além disso, o endereço está registrado nos EUA, em nome de Jorge Amado, com o CNPJ duma loja de sexshop que fica no bairro dos Barris (pegaram pesado, coisa de profissional).


Acessem aí www.grampinhonao.com e ao menos rememorem (os contemporâneos) as aventuras espaciais perdidas no passado pueril. Ah! Naquele tempo matar invasores era minha preocupação... agora eu tenho que votar, né?!


E por último, o meu escudo vale mais!


E essa é curtíssima.


Acompanhando os jogos olímpicos? E a seleção brasileira de futebol também? Se estiverem vendo o nosso selecionado, ficaram sabendo do imbróglio dos escudos e patrocinadores que têm ou não direito a um espaço na tão disputada camisa amarelinha.


A CBF cedeu e não colocou seu brasão no uniforme canarinho. A Nike não ostentará mais a sua marca na camiseta nos jogos olímpicos, somente sim nos treinos e viajens, sendo substituída pela Olímpikus, marca patrocinadora do Comitê Olímpico Brasileiro, o COB.


Olha só, pra solucionar essa briguinha de moleques eu proponho o seguinte: Coloquem a minha marca na camisa! Já pensaram, O Exclamador! olímpico? Melhor, coloquem a marca no dente do Ronaldinho Gaúcho! Assim, toda vez que ele colocar pra fora a dentadura (sempre) nós seremos vistos em todo o mundo.



Vejam, já entrei no espírito olímpico! Espírito olímpico e rico, muito rico...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Divagando, quase parando sobre o metrô de Salvador

Essa é para nós homens baianos, soteropolitanos pra ser mais preciso (mas as baianas devem ler também). Nossa capital tem 80% da sua população negra, certo? E, com o perdão da palavra, “negão” tem a fama de ser avantajado, certo? Então por que diabos o nosso é tão curto assim???


Pra vocês que pensaram que mais uma vez comecei a falar de sacanagem, estão corretos de novo. Só que dessa vez a sacanagem é contra todos nós, inclusive você que me lê agora. Novamente eu, perambulando sobre as informações dos jornais que circulam em Salvador, me deparei com uma reportagem intrigante no A Tarde. “Metrô de Salvador é o mais curto do país”. Vejam só, estão nos confundindo com japoneses e não nos vendo como “negões” que somos.


Não pela tecnologia, que a galera de olhos puxados dá saltos na nossa frente, mas sim pela anatomia, analogamente constatando (eita, redator preconceituoso). Então, a reportagem de 26/07 (quinta) tece um interessante panorama sobre essa vultosa/onerosa/dispendiosa obra da engenharia civil baiana.


Pasmem, o trecho que será concluído este ano não terá mais que 6 km, metade do previsto. Estamos bem atrás de cidades como Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. A capital pernambucana dispõe deste recurso, o transporte metroviário desde 1985, sua malha possui 65 km de extensão. Em Fortaleza traçam a cidade 43 km de trilhos de metrô e em Belo Horizonte 39 km, para benefício da sua população. Aqui, na terceira maior metrópole do Brasil, no projeto original “capado” não passamos de 12,1 km. É de indignar.


Além do encurtamento do projeto, temos o vetor preço que grita um som agudo nos nossos ouvidos. A entrega do percurso pífio prevista para 2010 terá um acréscimo no orçamento de R$468 milhões, somando uma quantia de R$970 milhões ao todo. Isso sem contar com as etapas que se seguirão no projeto. É dinheiro, viu! São oito anos de convivência forçada com as obras e com a festa de gastos, e com os atrasos, e com as greves, e com as disputas políticas, e com mais atraso, e com mais desconforto... e com nosso cansaço.


Mas esperem! Temos novidades, pessoal! Eu soube que uma galera já se adiantou ao prefeito reelegível e inaugurou o metrô de salvador numa cerimônia clandestina. Um cinegrafista amador gravou tudo, acompanhem:




Não riam não que o buraco é mais embaixo (e não é do túnel do metrô). Se tiverem a oportunidade, leiam a reportagem do jornal A Tarde do dia 26/07 e se interem sobre o assunto. A abordagem está bem completa e a análise dos fatos históricos acerca do metrô também. Ah! E só pra constar, olhem a coincidência da coisa: os trens encomendados são de fabricação japonesa. Pode um negócio desses?

terça-feira, 29 de julho de 2008

Os ratos estão entrando

Minha nossa, quanta chuva em Salvador! Parece que a mãe natureza anda revoltada com a nossa capital. Só porque estamos desmatando toda a área verde da Paralela pra dar abrigo aos indefesos milionários da high society? Que nada! Ainda tem muito mato pra queimar e desmatar. É uma piada, mesmo.



Enquanto isso, na periferia... o bicho mais uma vez está pegando! E desta vez ele resolveu roer e beliscar. Perambulando pela internet a esmo, li a pouco numa reportagem do blog Aspiras do jornalismo que Salvador sofre com o surto de leptospirose. O lugar onde o povo é mais atingido pela peçonha é a Cidade Baixa. E com essa chuva toda ninguém segura o Mikey Mouse! Que coisa... onde estará o Bafo quando a gente mais precisa dele?



Mas todas as epidemias seriam sanadas se essa palavrinha entrasse na história: conscientização. Políticas públicas com foco educacional para a prevenção de doenças infecciosas, educar o povo, porque ano após ano as chuvas devastam as casas humildes da periferia e o povo ainda não aprendeu que jogar lixo na rua e nas encostas piora ainda mais a situação. É uma calamidade. Também a falta de saneamento nessas localidades faz ecoar mais alto o Rock ‘n roll dos roedores. Sobre os Le Parcs da vida tenho somente uma coisa a dizer: PDDU (Parem De Desmatar Urgente!).



Então tomem cuidado! Vejam o vídeo e se preparem porque os ratos estão entrando e não estão pra brincadeira. Lá ele ²...



Rogério Skylab - Ratos