quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Números não sangram

Peço lincença a vocês para fazer um pequeno registro. Hoje não vou falar de nada relacionado à Propaganda, à cultura, ou a algo que excerça influência sobre as suas vidas, de certa forma. Hoje vou falar de mais uma vítima da violência em SSA, eu mesmo.

Na noite de 27 de Janeiro, às 21:00h, no bairro dos Barris, fui mais uma vítima da onda mais devastadora que invade nossa cidade nos últimos tempos. Sofri uma tentativa de assalto numa das transversais do bairro, muito próxima à Delegacia dos Idosos.

Foram dois marginais que, desarmados, tentaram me assaltar, me agredindo de forma covarde e vil. Me defendi como pude a tempo de alertar moradores do local para que afugentassem os elementos.

Felizmente não aconteceu nada de mais grave do que pequenas escoriações no rosto, mas o que quero deixar registrado é a minha (a nossa) total incapacidade de fazer algo diante dessa violência.

Não vou falar mais do que o necessário para avisar a vocês o que já devem estar carecas de saber: Tomem cuidado. Lembrem-se sempre que não é nada agradável virar mais um número na estatística. Afinal, não são os números que estão sangrando agora.

5 comentários:

Léo Maciel disse...

Poxa "Gustav", que sufoco hein?! E o pior é saber que nada vai mudar, não existe perspectiva de melhora... As ruas estão infestadas de marginais. Cadeia não adianta, o indivíduo (quero dizer, o lixo) sai pior do que entrou. Quando morre um, surgem dez - parecem ratos. Eles não têm pena de ninguém, agridem e matam sem um pingo de compaixão. Eu desejo o pior a eles!!! Cabe a nós buscarmos algo melhor para nossas vidas e sair desse país... Abraços

Anônimo disse...

Nossa Gustavo, que barbárie!!! Será que essa onda de terror vai acabar se estabelecendo mesmo de forma vil e cruel em nossa cidade? Cada dia que passa fico mais temerosa e pasma, não só com os números, mas também com essa capacidade que o ser humano tem de se tornar sanguinário. Espero que esteja tudo bem com você agora.

Beijos...
Camila Luz.

Gustavo Souza disse...

Valeu a força, gente!
O pior de tudo é a sensação de impotência, de não sentir perspectiva de melhora.

Graças a Deus não houve nada de mais grave e não aconselho ninguém a fazer o que eu fiz, a reagir.

Nunca reajam à ação destes bandidos. Abração!

Anônimo disse...

Gustavo,
Seu post é completamente pertinente e não deixa de ser uma propaganda relacionada a segurança pública ser eficiente.
Em novembro sofri uma tentativa de assalto cá na Pituba e apesar de não recomendar o que fiz a ninguém, reagi. Deu certo, mas... mesmo sem ter sido lesada materialmente, fui lesada emocionalmente, pois ando na rua com mais cuidado, fazendo com que meu direito de ir e vir seja restrito as ações dos bandidos.

Gustavo Souza disse...

É nesse ponto que eu queria chegar, Gabi. Nosso direito elementar, o de ir e vir está coibido por causa da violência! Eu já pedi o desligamento da empresa onde trabalho atualmente. Estou com medo de andar lá, mesmo à luz do dia. Estou torcendo pra que o tempo passe logo e eu não tenha mais a obrigação de ir ao Barris.

Quanto à reação, não aconselho. Graças a Deus deus certo pra você, mas não é o recomendado pelos especialistas em segurança, e nem por mim! :)

É, infelizmente nos tornamos as "presas" acuadas pelos predadores.